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O impacto político e social dos periódicos e das pesquisas que comunicam

2018.09.26 — 16:00-17:30

Sobre

Mais do que um termo “guarda-chuva”, a ciência aberta avança no sentido de ampliar e integrar o movimento pelo acesso aberto à literatura científica a outras frentes, como os dados científicos abertos, as ferramentas científicas abertas, os cadernos abertos de laboratório, a educação aberta e a ciência cidadã.

Esse “movimento de movimentos” transforma o cenário e a dinâmica de colaboração, comunicação e difusão da ciência, ampliando suas condições para responder a novas e complexas questões da contemporaneidade, ao mesmo tempo em que colocando novos desafios. Abrem-se, por um lado, novas possibilidades de geração de benefícios sociais, econômicos e ambientais, bem como de inovação, associadas ao aumento do alcance, da velocidade e da qualidade da produção e circulação do conhecimento científico, seus resultados e possíveis usos.  Por outro, impõem-se novos requisitos institucionais e tecnológicos à adoção de políticas, estratégias e práticas da pesquisa aberta (regulações, capacitações, infraestruturas, ferramentas), e os custos daí derivados. Desenvolve-se, assim, uma nova economia da ciência aberta, juntamente com novos modelos de negócio, com repercussões sobre o presente e o futuro dos periódicos científicos e de sua relação com outros sistemas de publicação e publicização científica emergentes nesse quadro, bem como com os aparatos de monitoramento, avaliação e financiamento da pesquisa.

Ao mesmo tempo, trata-se de enfrentar o desafio de transpor a barreira entre ciência (e suas diversas formas de disponibilização de dados) e política. Hoje temos um abismo nesta interface que deveria estar se estreitando para que, cada vez mais, as decisões políticas, particularmente aquelas que afetam mais diretamente as áreas social e ambiental, sejam baseadas em ciência de qualidade e plural. Para estreitar essa relação, são necessários esforços para compatibilizar linguagens e tempos que permitam o diálogo virtuoso entre esses dois campos.

Cabe por fim reconhecer as distintas implicações desse cenário em transformação para países mais e menos desenvolvidos, colocando novas oportunidades e barreiras para seus sistemas de ciência, tecnologia e inovação e seus respectivos reposicionamentos no cenário global.

Ementa

Ciência aberta, comunicação da ciência e os desafios do desenvolvimento sustentável; publicações abertas e inovação; a nova economia (política) da ciência aberta e suas infraestruturas de comunicação científica: custos e benefícios (acadêmicos, sociais, econômicos); requisitos políticos e institucionais; modelos de negócio emergentes das publicações científicas abertas; oportunidades e desafios para os países em desenvolvimento.

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